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Nômade

Por que estamos falando de esgotamento no trabalho?


As transformações culturais que vivenciamos nos últimos anos, sem dúvidas, geraram impactos profundos na forma como trabalhamos e vivemos. Sentir-se esgotado, questionar a rotina ou o rumo da carreira é um comportamento esperado, pois nunca tivemos que nos adaptar a tantas mudanças de forma tão abrupta. A pandemia acelerou a 4ª Revolução Industrial, termo adotado em 2016 por Klaus Schwab, fundador do Fórum Econômico Mundial, para denominar a ampliação de tecnologias avançadas e integradas.


As pessoas e as empresas aderiram mais rapidamente à computação em nuvem, AI, big data e outras ferramentas para continuar conectados e responder às necessidades de colaboradores e clientes. Toda essa tecnologia nos obriga a adquirir mais conhecimento, a estar mais tempo conectados e a consumir muita informação, é o fortalecimento do capitalismo informacional. Mas, sabendo disso, como as empresas podem se antecipar e, de forma consciente e propositiva, ativar novos modelos, que ajudem a dar suporte para seus colaboradores?



O custo psicológico da automação


Não precisar ir a bancos para realizar operações financeiras, fazer terapia sem sair de casa ou ter qualquer delivery à disposição é muito confortável. Mas ao gerar "tempo extra", o que estamos colocando no lugar? É saudável comer em frente ao computador? Ter uma reunião atrás da outra? Tornar todos os instantes sinônimo de produtividade?


Segundo a pesquisa Índice Anatomia do Trabalho 2021, realizada pela Asana, a dependência dos dispositivos móveis está correlacionada às crescentes taxas de esgotamento psicológico. 65% dos respondentes, que se sentem desconfortáveis quando não podem usar o celular, dizem sentir exaustão. Ainda conforme o estudo, os cinco principais impactos do esgotamento psicológico são:




Esses impactos são caros demais, é preciso ajudar nossa consciência a assimilar, de forma mais saudável, a automação em nossas vidas. Entender o que de fato é um benefício e onde estão as armadilhas. Todos nós, mas principalmente os gestores, precisam entender o contexto social em que nos encontramos. Estamos vivendo na sociedade do desempenho, conceituada pelo filósofo coreano-alemão Byung-Chul Han, como a sociedade da autoexploração.


"O sujeito-desempenho explora a si mesmo até se esgotar (burnout). No processo, ele desenvolve uma depressão que frequentemente é capaz de escalar para a violência da autoagressão. O projeto acaba se tornando em um projétil que o próprio sujeito-desempenho aponta para si mesmo."

Nosso sócio, o psicólogo, Daniel Caminha, orienta que é importante perceber que esses sintomas que geram o burnout ou a síndrome do impostor são consequência de uma grande engrenagem da qual somos co-responsáveis. As empresas que não estão atentas a esses fatores estão promovendo o aumento da depressão e das crises de ansiedade, da mesma forma que os colaboradores vão replicar essa mesma produção em suas rotinas, famílias e relações pessoais.


É necessário estabelecer um compromisso com o cuidado em relação à gestão das emoções. Isso significa estimular que as pessoas observem suas reações físico-químicas, ou seja, escutem seu corpo, ao lidar com determinadas situações. Esse é o tipo de inteligência que devemos desenvolver no século XXI. Porém, não basta estimular e oferecer ferramentas para que as pessoas percebam os sinais do estresse, um segundo elemento fundamental nesse processo é a capacidade de diálogo e confiança, porque uma vez identificada a dificuldade (sofrimento), é necessário expressar e pedir ajuda. Então, trata-se de um sistema complexo, que exige mudanças estruturais na forma como concebemos a relação com o trabalho. A organização e seus gestores devem ser protagonistas e demonstrar essas atitudes.



Flexibilidade e inovação: menos sobrecarga e mais engajamento


Com as novas formas de trabalhar, muitas pessoas adaptaram suas rotinas e temem uma perda da qualidade de vida com o retorno aos escritórios. Por outro lado, algumas organizações necessitam de um trabalho híbrido ou presencial. De acordo com uma pesquisa da Randstad, 92% dos trabalhadores brasileiros querem formatos de trabalho e carreiras mais flexíveis para acomodar outras atividades ao longo do dia.


Como chegar a um equilíbrio entre os interesses das pessoas e da empresa, que acordos precisam ser discutidos para abarcar um novo estilo de vida?


Para enfrentar esses desafios e, efetivamente, aproveitar o melhor da colaboração, Daniel Caminha reforça a necessidade de estabelecer relações de confiança. São diversos os fatores que influenciam nesta constituição, mas de forma geral passa por preservar uma base sólida de valores, com práticas coerentes às ideias, para fortalecer a cultura percebida e desejada. Esse movimento, cada vez mais, será realizado por meio de uma ampliação do diálogo, na medida em que as pessoas se sentem escutadas, da mesma forma que possam receber feedbacks. Essa troca, dinâmica e viva, vai criando a tal flexibilidade intencionada, assumindo o lugar do controle, atributo que vem ficando defasado como política de gestão.


Na prática, já trabalhamos muito com esse tipo de desafio e convidamos você a conhecer um dos nossos cases mais recentes na área, a Corrente do Bem Engie - uma tecnologia para colaboração intensiva, onde as experiências individuais potencializaram uma aprendizagem coletiva.


Para auxiliar as organizações na diminuição do estresse e sobrecarga, desenvolvemos a solução Inteligência Coletiva, conheça mais em nosso site.

Se você quiser saber mais, fale diretamente com nosso atendimento.

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