Abordagem colaborativa para solucionar problemas complexos de negócio é o caminho aberto para a inovação
O termo design thinking se tornou um chavão no meio corporativo, embora, originalmente, ele estivesse restrito a contextos criativos de design e desenvolvimento de produto. Atualmente, o conceito se expandiu para várias indústrias, sendo adaptado para os mais diferentes negócios como escritórios jurídicos, financeiros, ambientes educacionais, produção em fábricas, supermercados, e inúmeros outros.
Essa versatilidade e adaptabilidade do design thinking, por vezes, pode gerar dúvidas da sua capacidade enquanto uma metodologia viável para a solução criativa de problemas de negócio. As abordagens One size fits all – “uma única receita para todos”, em tradução livre – sempre recebem mais atenção, porque generalizam complexidades de implementação. Somado a isso, muitos líderes e empresários ainda desconhecem o design thinking, ou ainda não entendem o porquê de utilizá-lo nas organizações.
Contudo, isso não significa que o conceito faça parte de uma moda passageira, ou esteja com seus dias contados. Antes de tudo, o design thinking é uma abordagem de acordo com o tempo presente, capaz de propor soluções colaborativas para diferentes tipos de problemas das organizações, gerando valor para os negócios e abrindo caminho para a inovação.
Como definimos o design thinking?
O design thinking age enquanto um processo de resolução criativa de problemas, por meio de uma abordagem centrada no ser humano, dando conta das suas necessidades e das possibilidades da tecnologia.
Em outras palavras, o design thinking nos ensina a pensar e a agir como um “designer” frente a um problema a ser resolvido, que pode ser desde um processo de produção até o desenvolvimento de novos produtos e serviços. É justamente por conta desse aparente “empoderamento” que faz com que todas as pessoas consigam se colocar enquanto designers, que certos aspectos práticos do design thinking acabam escapando.
O uso do conceito se tornou mais popular devido à aceleração dos meios digitais, que contribuíram para a crescente complexidade do mundo e a necessidade constante de inovação. Hoje, as abordagens mais tradicionais não dão conta das demandas e da rapidez de mudanças que temos presenciado. Por isso, a grande maioria dos desafios de negócio enfrentados pelas organizações são multifacetados e com resultados, por vezes, imprevisíveis.
Não há dúvidas que as etapas do design thinking são muito claras e simples de ler e compreendê-las. O percurso do processo, que é próprio do design thinking, exige que as pessoas não tenham verdades pré-estabelecidas e imutáveis em relação a uma determinada solução. Ele também exige que as pessoas adotem uma postura profundamente curiosa, questionadora e inconformada com as informações básicas a que se tem acesso; e estabelece que é necessário manter muitas conversas com pessoas diferentes. É vital sustentar a sensação de “estar perdido”, sem tanta clareza absoluta sobre os rumos para encontrar a solução.
Além disso, o design thinking provoca que na medida em que a solução vai sendo delineada (convergência de ideias), talvez seja um bom momento para abrir a cabeça novamente e receber novos inputs com o potencial de desestabilizar totalmente o rumo que estava sendo elaborado até então. Afinal, todo o processo é extremamente complexo, pois também estamos falando sobre trabalhar em cima do comportamento das pessoas para o bom uso do design thinking.
Por exemplo, uma empresa que pretende otimizar seus processos de produção para determinado produto ou serviço pode nunca ter imaginado os resultados que a aplicação do design thinking pode contribuir para o negócio, e o resultado superar suas expectativas ao “pensar fora da caixa”.
Um exemplo disso foi quando desenvolvemos um processo de formação em design thinking para um grupo de colaboradores ligados à empresa Bioseta. Os workshops de formação que lideramos para essa empresa, mostraram claramente o quanto as pessoas conseguem embarcar facilmente na metodologia do design thinking para propor visões de soluções e melhorias. Ao mesmo tempo, vimos a importância do grupo receber orientações para construir o sentido dos motivos pelos quais estão fazendo as coisas por meio do design. Nesse projeto, também destacamos a importância dos aspectos comportamentais, para que o grupo de colaboradores entendesse o valor em ver as coisas de novas maneiras e trabalhasse para sustentar a cultura do design dentro da empresa.
Podemos afirmar que o design thinking cria uma estrutura que ajuda as empresas a entender a complexidade do negócio em diferentes níveis, ao mesmo tempo em que o ambiente colaborativo entre as partes envolvidas na solução garante a diversidade de pensamento e pontos de vista, que trarão maior valor para o resultado final.
Alguns dos princípios-chave do design thinking são:
-Reenquadrar o problema de forma centrada no ser humano
-Incentivar ideias diversas para ver diferentes possibilidades de solução
-Aplicar modelos de teste e aprendizado, que permitem falhas ao longo do processo
Esses passos podem ser aplicados em praticamente qualquer empresa, em vários setores que vão desde a gestão até o produto final. O ambiente colaborativo é essencial para que seja possível analisar o problema sob vários ângulos, criando um diálogo produtivo, revisando os processos que funcionaram no passado e os que precisam ser aprimorados para que o resultado almejado seja atingido.
Como colocar em prática?
O aspecto mais desafiador do design thinking é colocá-lo em prática, vencendo a barreira do comportamento das pessoas envolvidas no processo. Além disso, um projeto que usa o design thinking como metodologia pode perfeitamente incorporar outros aspectos da empresa, como a cultura organizacional ou as estratégias de marcas e serviços.
Na prática, é muito mais rico quando as organizações buscam formar seus colaboradores para serem capazes de aplicar o design thinking, unindo essa formação aos aspectos mais estratégicos do negócio e no desenvolvimento da cultura organizacional.
Por esses motivos, é imprescindível receber um olhar de fora da organização, que tenha experiência em processos semelhantes e know how para propor as melhores estratégias para formar um grupo de trabalho que sustente o valor percebido por meio do design thinking.
Sua empresa precisa desse novo olhar? Somos um grupo de profissionais especializados em design thinking dispostos a ajudar! Entre em contato e descubra novas possibilidades com a gente!
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