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Nômade

Sua empresa está preparada para participar da criação de novos mercados?

Tão importante quanto conhecer as mudanças, é a capacidade de acompanhá-las e adaptar-se ao novo.



É indiscutível a importância da tecnologia dentro das empresas na otimização de seus processos, sendo uma aliada fundamental para promover a transformação digital. Ela é, principalmente, sobre revolucionar a maneira como a empresa opera, se organiza e produz.


Enquanto a tecnologia é o meio para a entrega de uma nova proposta de valor do negócio, o Design Estratégico aliado ao Design Thinking é a alavanca para a identificação e formatação dessa proposta. Mas é preciso ir além. Para que um negócio se mantenha relevante no mercado, é necessário que se adapte ao atual cenário acelerado de mudanças e ofereça novas e competitivas propostas de valor.


Mas, por onde começar? Quais premissas levar em consideração? É possível ser assertivo na escolha do caminho que leve a um modelo de negócio sustentável em longo prazo?


Para qual direção as empresas mais inovadoras do mundo estão olhando?


Se analisarmos os últimos 25 anos, o cenário de negócios vivencia mudanças significativas, que inclusive podem ser separadas em quatro eras, sendo a última o estágio em que vivemos atualmente.


Inicialmente passamos pela sociedade industrial, em que a inovação seria top-down, como apontado por Michael Porter em seu livro “Estratégia competitiva: técnicas para análise de indústrias e da concorrência”.


Já a segunda era é apontada por Clayton Christensen em seu livro “Innovator’s Dilemma” como um período de inovação bottom up, com as empresas dominantes sendo ameaçadas por baixo por disruptores, que começam a conquistar espaços ao migrar para espaços considerados pouco atraentes por elas.


A terceira era é uma visão atualizada da segunda, mas agora os inovadores não pensam nos produtos e competidores tradicionais, mas buscam espaços em novos mercados ou rompendo mercados existentes com inovações disruptivas, aspecto analisado por W. Chan Kim e Renée Mauborgne no livro “Blue Ocean”.


Finalmente, hoje vivemos uma quarta era em que as mudanças e inovações vêm de todos os lados. Um cenário imprevisível, frágil (e nos provoca a ser anti-frágil) e acelerado. A nova competição não se limita às regras atuais dos setores de indústria.


A Uber não se limitou a atuar debaixo da regulamentação dos táxis. O Airbnb ignorou o modelo linear do mercado hoteleiro que coexistiam dependendo do mercado imobiliário, seja para aquisição de imóveis ou a construção de novos para poder crescer. O Whatsapp superou as barreiras de cobrança das mensagens de SMS e revolucionou o método de comunicação por mensagens. É um período em que as fintechs colocam em prática processos integralmente digitais, sem papéis, reduzindo a burocracia e processos que os bancos então acreditavam ser imutáveis.


Novos mercados X riscos globais


O grande desafio das empresas é otimizar o atual modelo de negócio e se reinventar continuamente, de maneira simultânea. Para conseguir êxito, é preciso enxergar o futuro como não linear. Ele não fica em um horizonte distante e adiar a sua construção é um erro que custará caro.


E as crises que o mundo e países enfrentam não são desculpa para não investir na transformação. É estar ciente dos riscos, mas preparado para enfrentá-los.


O perfil de riscos que o mundo enfrenta está em constante evolução. Eventos como a invasão da Ucrânia no ano passado podem enviar ondas de choque através do sistema, mudando radicalmente as percepções de quais são os maiores riscos que a humanidade enfrenta.


De acordo com Relatório de Riscos Globais, publicação anual produzida pelo Fórum Econômico Mundial (WEF), os riscos que ameaçam o mercado estão agrupados em cinco categorias gerais: econômico, ambiental, geopolítico, social e tecnológico.


Não surpreendentemente, os principais riscos estão relacionados a questões que afetam uma ampla variedade de pessoas, como o aumento do custo de vida e a inflação . Quando itens básicos como alimentos e energia ficam mais caros, isso pode alimentar agitação e instabilidade política – especialmente em países que já tinham um descontentamento latente. O WEF aponta que apenas os aumentos nos preços dos combustíveis levaram a protestos em cerca de 92 países.


Um risco que vale a pena observar é o confronto geoeconômico , que inclui sanções, guerras comerciais, triagem de investimentos e outras ações que visam enfraquecer os países receptores. Os esforços para mitigar esse risco resultam em alguns dos principais temas que vemos para o próximo ano . Um exemplo é o onshoring de indústrias e o “friend-shoring”, que é essencialmente a transferência de operações para um país estrangeiro que tenha relações mais estáveis ​​com o país de origem.


Inovação agora: quais tendências já são uma realidade em 2023?



Com base nos principais riscos e no comportamento do mercado, os especialistas do Consenso de Previsões organizado pela Visual Capitalist estabeleceram alguns prognósticos de como acreditam que os mercados se moverão, como as tendências se desenvolvem e quais oportunidades, inclusive, já estão em prática, elas são:


• Inflação e PIB

A inflação foi a principal história econômica de 2022 e permanecerá a afetar o mercado em 2023 e nos próximos anos. Os analistas revisaram suas projeções econômicas para baixo nas últimas semanas. O mais recente foi o Banco Mundial , que agora vê o crescimento global cair para 1,7% em 2023, abaixo dos 3% de apenas seis meses atrás. A maioria das previsões em nosso banco de dados vê o crescimento econômico global na faixa de 1,5% a 2%.


• Inteligência Artificial

A substituição de empregos pela automação está longe de ser um tema novo, mas, devido às melhorias exponenciais na IA nos últimos anos, o risco para setores inteiros parece mais existencial hoje.

Contudo, ela também tem seu lado positivo. As ferramentas de IA generativa são úteis para gerar ideias e maquetes e até mesmo trechos funcionais de código. Sistemas de IA como o Alpha Fold abrem um mundo de possibilidades em domínios científicos.

Das centenas de previsões avaliadas pelo relatório da Visual Capitalist, os especialistas consideram a IA como um grande catalisador em 2023 e já estamos vendo debates e preocupações ligadas a ferramentas como Chat GPT e similares.


• Fator China

Como a segunda maior economia do mundo e eixo do comércio global, os eventos no país têm um grande impacto na economia mundial. Com a reabertura do mercado, pós pandemia, os exportadores de commodities dos mercados emergentes também podem ver um aumento, embora a inflação possa ser revigorada como resultado.

Já a transformação digital ocasionada pela plataforma de vídeos TikTok e seus bloqueios nos EUA, são um exemplo da rivalidade entre EUA e China, que continuará a ter efeitos cascata nos mercados globais ao longo do ano.


• Efeito Elon Musk

Dada a influência de Elon Musk na indústria de tecnologia, muitos especialistas estão sugerindo que sua estratégia de cortar impiedosamente o número de funcionários no Twitter pode servir de inspiração para outros líderes de tecnologia. Eles apontam como reflexos as demissões lideradas pela Salesforce, que cortou 7.000 empregos, e a Amazon, que demitiu 18.000 funções, neste primeiro trimestre do ano - impactando principalmente o lado corporativo do negócio.

Também houve previsões de que todo o ecossistema de startups e investimentos poderia estar mudando de uma mentalidade de hiper crescimento para uma mentalidade focada em valor, que é um tema que vale a pena considerar em 2023.


Business design: a chave para abrir portas de novos mercados


Apesar dos prognósticos e de não existir mapas para trilhar “o caminho certo”, adotar uma postura estratégica que busca antecipação de oportunidades é essencial. E um dos principais pontos é que a transformação e inovação não podem ser conquistadas sem reformular a cultura organizacional, é preciso desenvolver uma evolução de mindset.


Por exemplo, no caso da Inteligência artificial, as empresas e colaboradores não devem adotar uma postura de medo de supressão de cargos de trabalho, mas como utilizar a tecnologia a favor, tanto para se desenvolver como para facilitar os processos. O ponto é estudar as mudanças, atualizar-se sobre os conceitos, mas ir atrás de colocar em prática e experimentar.


É crucial que a organização desenvolva estratégias para ampliar a percepção de valor de seus produtos e serviços e um bom relacionamento com os seus stakeholders através de experiências que envolvam o universo digital.


Deste ponto de vista, o processo de Business Design tem como foco uma visão mais sistêmica, criativa e inovadora do negócio. Com ele, é possível testar novas ideias e soluções para os principais desafios dentro de uma organização.


É a capacidade de combinar Design e Gestão de Negócios a favor do crescimento da empresa. É agregar valor atendendo as expectativas do mercado em relação a inovação, proficiência e qualidade. A proposta é trazer uma nova abordagem a fim de aprimorar processos que possam trazer resultados mais interessantes.


Contudo, uma coisa é estar ciente dos riscos, mas outra bem diferente é ter a capacidade de evitar eventos negativos quando eles se concretizarem. Para fazer isso, o exercício de leitura e cruzamento de tendências se mostra necessário para elaboração de cenários possíveis.


De acordo com a consultoria de negócios McKinsey, a visão de muitos executivos ainda é limitada com relação ao design. Mais de 40% das empresas pesquisadas ainda consideram o design apenas como ferramenta de comunicação.


É essa falta de investimento na cultura do design que custa caro e faz perder oportunidades. Segundo a mesma pesquisa realizada pela McKinsey, empresas que investem em design estratégico ultrapassam em até 2x o crescimento de referência do setor.


O Índice de Inovação Global da OMPI da ONU comprova este ponto, uma vez que aponta que as principais economias do mundo são atualmente as que investem mais em inovação. A Suíça está no topo⁠ pelo 12º ano consecutivo, seguida dos EUA e Coreia do Sul.


Para muitos, isso pode ser uma surpresa. No entanto, as regras de propriedade intelectual do país são consideradas de classe mundial e são complementadas por uma forte colaboração entre universidades e indústria. Além disso, o país atrai grandes talentos graças à sua alta qualidade de vida.


Os EUA reforçam essa questão, uma vez que é referência há décadas na economia, e a Coreia do Sul é a prova de como adaptar-se à transformação digital é fundamental, uma vez que seu destaque e influência no globo cresce exponencialmente a cada ano.


O futuro do Business Design


O Business Design está diretamente ligado à sustentabilidade do negócio. Ele possibilita a criação de um ambiente mais inovador e criativo, levando sempre mais valor e trazendo resultados significativos para as ações.

David Scmidt, sócio da United Peers, define que existem 3 passos que compõem o processo:




O design estratégico pode exercer uma influência estratégica, através do uso de ferramentas que habilitam uma visão sistêmica.


“A estratégia para um negócio é determinante, pois permite ver as múltiplas relações que envolvem a necessidade dos usuários (tangíveis e intangíveis), dá um norte e ajuda a entender a construção do resultado. A boa estratégia se dá mais na execução e menos no papel”, Aron Krause Litvin, Sócio-Diretor na Nômade, Mestre em Design Estratégico.


Quer saber mais como esse e outros recursos básicos do design estratégico podem contribuir com o desenvolvimento do seu negócio? Entre em contato e conheça as nossas soluções.


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