
A saúde sempre foi um dos setores essenciais para a sociedade, todos nós
precisamos, em algum momento, interagir com os serviços da área, desde
consultas, exames ou internações. Os próprios profissionais da saúde, além do
contato com o paciente, também precisam dialogar entre as diversas
especialidades e obter informações e conhecimento para atender bem o
paciente em todos os pontos do fluxo da sua experiência.
O desenvolvimento científico e tecnológico é uma constante na área, mas a
pandemia acelerou alguns processos. Segundo levantamento da Associação
Brasileira de Planos de Saúde (Abramge), 2,5 milhões de teleconsultas foram
realizadas na pandemia e 90% dos clientes não precisaram de consulta médica
presencial entre abril de 2020 a março de 2021.
Para entender um pouco mais sobre a evolução do cenário, conversamos com
a Dra. Luciana Costa, Diretora Científica do Colégio Brasileiro (CBR), Diretora
de Estratégia e Inovação em Imagem do Grupo Pardini e Médica Radiologista;
e com o Dr. Gustavo Meirelles, Diretor Executivo Médico do Grupo Alliar, sócio
e mentor da Ambra Saúde, Datalife.ai e Brightmed, vice-presidente do I2A2 e
Médico Radiologista.
O desafio principal apontado pelos especialistas é integrar tecnologia, design e acolhimento para tornar tudo mais ágil, menos burocrático e, ao mesmo tempo, humano.
O Dr. Gustavo lembra que o usuário de saúde não compara sua experiência
apenas com os serviços da área, mas sim com plataformas digitais como a
Uber, a Netflix e outras que permitem mais agilidade e liberdade de escolha, o
que muda o comportamento do usuário atual como um todo. Por isso, a
tecnologia ajuda bastante com o atendimento digital, o auto agendamento, o
cadastramento no local e tudo isso é impulsionado a ficar cada vez melhor.
Os serviços médicos têm buscado que a jornada do paciente em uma clínica
ou consultório resulte em uma experiência mais rápida e agradável. Para a Dra.
Luciana, o design e a tecnologia têm ajudado a prover um ambiente agradável
tanto no aspecto físico até a colheita eficiente de dados prévios (anamnese),
que geram mais praticidade no atendimento. A aproximação física com a
pandemia reduziu, mas até mesmo em situações de telemedicina, nós
podemos ter relações dinâmicas e empáticas, reforça a médica.
Em acordo com essa visão, o Dr. Meirelles comenta que a pandemia impactou
bastante na relação médico-paciente e tornou a relação distante devido às
exigências de distanciamento social, mas ao mesmo tempo próxima, pois o
médico que estava no centro de diagnóstico ficou mais presente, por exemplo.
WEBINAR: Transformações na prática da medicina: como qualificar a
experiência nos serviços de saúde?
Se você é profissional da saúde ou trabalha com serviços relacionados e quer
saber ainda mais sobre esse assunto, não pode perder o bate-papo interativo
que vai rolar no dia 16 de junho (quarta-feira), às 18h30. A Nômade convidou
a Dra. Luciana Costa e o Dr. Gustavo Meirelles para falar mais sobre as
complexidades das relações e experiências entre pacientes e médicos e como
o design e a tecnologia podem ajudar na evolução desses processos.
Se você não puder acompanhar ao vivo, disponibilizaremos aos inscritos a
gravação.
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